Treinar em tempos de pandemia trouxe desafios às nossas vidas. O aparecimento do vírus Covid-19 tornou os nossos treinos mais complicados, uma vez que a ginástica requer bastante contacto físico e partilha de materiais.
Quando o confinamento começou, ficamos todos um pouco frustrados. Tínhamos que estar fechados sem poder fazer aquilo que mais gostamos e com as pessoas que mais gostamos, porque todos partilhamos esta paixão que é a ginástica.
Com este novo estilo de vida houve bastante reinvenção de modos de treino, até porque para nós parar não era opção e uma vez que tínhamos muitas restrições e não conseguíamos realizar treinos presencialmente, surgiu a ideia de fazermos treinos online via Zoom.
Nós sabíamos que treinar cada um em sua casa e por vídeo chamada não era a mesma coisa, mas só o facto de estarmos todos presentes e a fazer com que esta ideia funcionasse, mostrou que nenhum de nós estava a desistir de lutar para que quando a pandemia melhorasse pudéssemos estar a treinar todos juntos outra vez. Além disso, continuar a treinar era importante devido à nossa condição física e ritmos de treino que tínhamos anteriormente.
Mais tarde passámos dos treinos online para treinos ao ar livre, com distanciamento social e métodos de segurança requeridos. Estranhámos a falta de contacto e afeto uns com os outros uma vez que nos consideramos uma família e estávamos habituados a ter muito contacto entre todos.
Mais uma vez tivemos que arranjar métodos de treino diferentes, visto que o nosso grupo tem muitas pessoas era impensável treinarmos todos num ginásio pequeno, que eram as condições de treino que tínhamos. Os nossos treinadores dividiam o grupo em dois subgrupos e fazíamos metade no ginásio e metade no exterior.
Mais tarde, quando a vida teve que regressar à normalidade, nós não podíamos treinar todos fechados no ginásio, tivemos a oportunidade de realizar os treinos de ginástica no pavilhão dos Maristas, que é um pavilhão grande e assim conseguíamos ter todas as condições para um distanciamento social adequado, ter um treino com mais segurança e, o mais importante, para que todos nós nos sentíssemos confortáveis e seguros.
Atualmente é onde realizamos os treinos, treinamos com os sete praticáveis todos separados e subgrupos divididos pelos praticáveis, contudo realizamos os treinos de máscara e estamos constantemente a desinfetar as mãos. Não é fácil este novo modo de vida na ginástica, mas é a realidade a que tivemos de nos adaptar, é um desafio para nós e para os treinadores que tiveram que arranjar métodos de treino diferentes, ideias de treino diferentes e, o mais importante, manter-nos sempre motivados para que mesmo em tempos complicados nunca desistíssemos desta paixão.